"Tristeza não tem fim... Felicidade sim!
Tudo muito mais frio dentro que fora de meu corpo...
Dez graus não chegam aos pés dos sentimentos glaciais que estatizam o mais íntimo e escondido...
Um calor que, uma vez dissipado por motivos exclusivos, nunca mais voltaria a aquecer... Voltaria, sim, a sufocar, prender, queimar as entranhas, o coração...
Esse frio que não sei mais como expulsar de mim...
Estar presa nas amarras das correntes que eu mesma construí mata aos poucos e exageradamente, como quem dá-se ao carrasco por amor.
Falta de amor não me tenho... Mas d'uma alma... Ou talvez de todas do mundo.
Distrações diversas, angústias incompatíveis com o irracional exagerado, insensatez, desejos medidos a libido que se mostram por um sorriso escondido, por um olhar de vergonha que se tenta esconder entre as mãos...
Uma música envolvente, passar a mão pelos longos cabelos, morder os lábios a pedir por muito mais do que se pode aguentar... Mil olhares para um corpo nu, para todos os lugares em que deveria estar e não estive.
Aquele coração gélido e descompassado infelizmente ainda bate... e forte... em últimos suspiros que demorarão a passar.
O sol que queima é o mesmo que esquenta a trazer vida, luz... e morte!
E com toda a verdade do mundo já havia me avisado o poeta... A minha felicidade eterna acabou a golpes de machado, pelas costas... Com traição, mau-querer e delicadas palavras... Voam voam pelo vento atrás de atitudes, dizem nunca o que querem dizer, dizem o florido, o colorido, o belo... Mas buscam pelas atitudes que tem força de pedra, são frias e imutáveis, verdadeiras, palpáveis...
Seria mais feliz se não caísse nas ciladas dos teus princípios tão íntegros e intensos que se fizeram surdos com o passar do tempo... Não se desperdiçam sentimentos e nem se superestimam, não saber valorizá-los é crime remediável, jogá-los fora é pecado inconcebido...
Pecado que cometerei nunca mais... Amor que me conquistará, me queimará até o fim dos tempos, me levará as nuvens a base de um sussuro, de lábios quentes envolventes e tudo que eu sempre quis, a dolorosa verdade sempre."
by
Emilly Marcos Tenório dos Santos
Orkut da Emilly