Ontem e hoje pela manhã me senti assim. Como centauro Quíron, um "curador ferido".
Assim como ele conheço vários unguentos para tratar as "perebas"(segundo minha terapeuta) dos outros.
Mas quando as perebas são do meu corpo, como isso fica mais difícil.
Hoje eu queria apenas estar, queria apenas existir, nada mais.
Ultimamente tenho tido aquela impressão de que não sei onde é o meu lugar, de que não sei qual é esse caminho que tomei. As vezes acho que estou perdendo um tempo enorme, mas ao mesmo tempo não sei em que gastá-lo.
Fases assim eram bem comuns e tinham ficado em um passado conturbado, mas ultimamente elas têm teimado em voltar. Será o prenúncio de uma nova fase? Será que novidades virão? E melhor, será que perceberei quando (e se) essas oportunidades ou esse momento chegarão?
Bom, eu e minhas perguntas. Sempre com perguntas demais e respostas de menos.
Preciso de tempo.
Preciso de pensar.
Preciso de acalmar minha mente.
(E com certeza preciso meditar mto mais)
Preciso encontrar e seguir meu caminho. E essa vontade, esse impulso já não cabe mais em mim. Vejo que não suporto mais.
Tudo isso implica em mudanças. E mudanças profundas. Isso é tão recorrente e as vezes me deixa tão inseguro que nem sei o que pensar.
E o título desde post não poderia ser melhor. É um ótimo título. É o dia em que a parte "Louco" sobressaiu da parte "Médico".
A Carta do Tarô, nesse momento para mim, é a carta do Louco.
A águia é o pássaro de Zeus, o rei dos deuses, que protege o Louco no momento em que se prepara para mergulhar no desconhecido.
A caverna da qual o Louco surgiu é o passado, a massa obscura e indiferenciada da qual o início de um verdadeiro sentido individualidade está para tomar forma.
Os chifres de bode na fronte do Louco sugerem, tal como as peles de animais que veste, que ele seja como um jovem animal conduzido à vida por instinto, ainda inconsciente e sem compreensão.