terça-feira, 2 de abril de 2013

A ruina da Torre



Bom, talvez este blog retome sua razão primeira de existir que é a de relatar o caminho do meu aprendizado nessa encarnação.

Passaram-se os 3 primeiros meses de 2013. Pois bem. Muitas coisas mudaram. E como mudaram. Mudaram de uma tal maneira que fiquei assim, sem chão. Nem teto. Muito menos parede.

Acredito que a vida de muitos, senão todos, tem alguns alicerces que a sustentam. Esses alicerces podem ser a familia, o emprego, a missão de vida que a pessoa tem. Podem até ser alicerces doentios como um vício ou uma maneira de viver que degrada a si mesmo e aqueles que o cercam.

Meus pilares são diferentes. E eles ruiram. Pois é. Se foram assim como o Arcano da Torre no Tarô.

O modo de ver a vida que tinha já não encontra mais sentido. Num mundo onde a imensa maioria das relações são passageiras, eu brigo para que algumas delas (aquelas que realmente valem a pena) sejam duradouras. Mas descobri, quase chegando aos 30 anos, que o mundo é raso.

Sei que muitos irão dizer que isso já é fato há muito tempo, mas eu ainda tinha esperanças. Hoje, já não sei mais o que esperar. Muito menos se esperança é algo que deva-se, racionalmente, almejar.

São dias de ressiginificação. São dias de encontrar outros pilares para a vida. Pilares estes que não sei se serão tão altos ou forte quanto os que tinham. Mas a vida prossegue a nos exigir a cabeça levantada e atitude.

As feridas que se curem pois não há tempo para esperar. Seguir em frente mesmo com um aperto no coração e um nó na garganta.

Um comentário:

  1. Como sempre me deparo com uma escrita impecável...
    Mas o conteúdo é triste. Não se abandona pilares e crenças na vida por nada nem ninguém...
    E isso foi um conselho que vc mesmo me deu...
    Não faça isso com vc e nem mesmo com o mundo! Digo o mundo, pois todos que tem a honra de conhecê-lo o admiram justamente por ser assim, alguém diferente de muitos...
    Seja qual for o seu motivo, jamais desista de ser aquilo que é.

    Grande abraço de sua amiga
    Andressa.

    ResponderExcluir